quarta-feira, 20 de maio de 2009

Barquinhos de papel


Ontem estava chovendo, o que é comum no inverno de um país tropical, e a minha tia resolveu fazer barquinhos de papel pra suas filhas. Ela fazia e o marido soltava o barquinho no pequeno córrego que se formara entre o meio-fio e a rua.As crianças vibravam, acho que nem como quando o homem pisou na Lua e todo mundo viu pela televisão e sentiram um misto de admiração, inveja e espanto. Mas isso foi em 1969. Voltando aos barquinhos. Aquilo era lindo. O barquinho sendo levado pela enxurrada, meio que sem destino, como às vezer quero ser. "Não sou eu quem me navega/ Quem me navega é o mar/ É ele quem me carrega/ Como nem fosse levar..."( Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho). Essa cena me fez pensar muito sobre coisas diferentes desde do prazer das pequenas coisas até sobre o anseio de liberdade que existe dentro de qualquer ser humano. No nosso cotidiano (e no de Chico Buarque também) há tantas belezas que passam despercebidas por nossos olhos e acabamos perdendo pequenos instantes de felicidade por causa de uma pressa em viver que nem prolonga a juventude e muito menos a velhice. Vamos parar um pouco e nos dedicar à contemplação das coisas simples da vida!!!

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